domingo, 23 de fevereiro de 2014

O auto-plágio ou génio incompreendido do Quesado

Bem me parecia que havia algo de errado neste texto de Francisco Jaime Quesado; era muito palavreado e pouco sumo.
Quem topou mesmo a figura foi o José da Porta da Loja, quando em 2012 leu uma crónica no i que era praticamente um copy-paste de uma outra publicada no Público em 2010. Em 2014 repete o sermão desta feita no Diário Económico. É obra! Das duas uma: o Sr. Quesado é um génio incompreendido que acredita piamente nas suas palavras e vai de nos metralhar com a mesma cassete, ou não sabe mais e toca de se auto-plagiar.
Este senhor andou por uma CCDR, faz parte de um grupo para a inovação e não sei mais o quê e parece que é um dos elegíveis para o IAPMEI. Sem mais comentários...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Uma verdade (in)conveniente

"Por isso é necessário esclarecer que não, a via seguida por Gaspar – e apoiada por Passos Coelho – não era a única via possível. Não, não estamos condenados a uma carga fiscal imoral e crescente; simplesmente temos tido governantes que não sabem fazer outra coisa se não inventar despesa e aumentar impostos. Não, não houve e nem sequer foi tentada qualquer reforma do estado que permitisse diminuir despesa de forma estrutural. Apenas se encolheu (e em alguns lados) o bolo disponível, deixando a estrutura montada para que volte a crescer em futuros tempos de vacas gordas."

Por Maria João Marques via Insurgente.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Vira o disco e toca o mesmo...

Julgava eu que depois de três falências, passadas durante quarenta anos com uma pseudo-liberdade sujeita às vontades dos nossos governantes, tivéssemos aprendido algumas lições e Portugal viesse a ser aquilo que os Portugueses dele fizessem com as suas escolhas individuais. Julgava eu que tivesse chegado a hora de cada um contribuir com o seu grãozinho de areia para um país melhor.
Mas não. Abro o Diário Económico e dou de caras com um artigo de opinião, de um Sr. Francisco Jaime Quesado, apregoando a boa nova de um "Portugal Industrial"

"Falta em Portugal um sentido de entendimento colectivo de que a aposta nos factores dinâmicos de competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas claramente assumidas é o único caminho possível para o futuro."

O que é isto significa? Nada. Zero. Apenas que o país continua pejado de burócratas que nos querem impor a sua ideia para o país. Julgava eu que fartos de entendimentos colectivos andávamos nós. Para quando entendimentos individuais? Quando é que o entendimento individual dos portugueses se irá sobrepor ao entendimento colectivo de um burócrata qualquer? Há séculos que andamos nisto! Já foi a agricultura, depois os serviços, agora é a vez da Industria.
Quando é que deixaremos de ter iluminados com planos para o país e deixamos que este seja aquilo que nós dele fizermos em plena liberdade de escolha? Portugal jamais progredirá enquanto não for aquilo que cada Português dele faça, com aquilo que cada um de nós dele e para ele deseja.
Uma vez toda a gente erra, duas tem desculpa, mas há terceira é já incompetência ou burrice. Deus nos salve de uma quarta...

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Vinhos do mundo


Mais tarde ou mais cedo tinha de acontecer. A curiosidade é mais forte e quem tem uma paixão quer explorá-la plenamente, por isso é oficial: sou um blasfemo e herege que bebe e aprecia outras latitudes.
Defensor apaixonado dos vinhos alentejanos, que considero, cada vez mais sem sombra de dúvidas, os melhores do mundo, resolvi conhecer o que se bebe por esse mundo fora. O facto de morar paredes-meias com nuestros hermanos ajudou, pelo que aqui há uns anos já tinha provado alguns dos seus exemplares, mas infelizmente a coisa não correu lá muito bem, era difícil encontrar boa pinga; hoje o panorama é diferente e o patinho feio que era a Extremadura/Ribera del Guadiana tem alguns dos melhores néctares do país vizinho.
Do outro lado Angola foi o empurrão desta descoberta. Quando cheguei a Luanda, há sete longínquos anos, os únicos que conseguíamos encontrar eram Monte Velho e o (intragável) Porca de Murça. Hoje o cenário é completamente diferente, o mercado evoluiu, é mais cosmopolita, pelo que, apesar dos alentejanos dominarem, nos melhores supermercados e restaurantes da cidade encontramos grandes vinhos de latitudes tão díspares como a África do Sul, Austrália, Chile ou Estados Unidos. Como o preço dos mesmos fica bem abaixo dos meus conterrâneos alentejanos (porque será?) um tipo pensa: e porque não?
Destes países vêm alguns dos néctares que aqui apresentarei numa série dedicada ao tema.

Imagem: vinhas na região de Stellenbosch na África do Sul (via wikipedia).

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Leitura recomendada

Um dos imprescindíveis da blogosfera nacional encerrou portas recentemente, mas felizmente ele aí está de regresso, desta feita a Alqueivar.

Passem pela nova casa do Daniel Santos, que vale bem a pena.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Ainda sobre as praxes

Como liberal, que tem a dignidade da pessoa humana como valor supremo, sou totalmente contra.
São uma idiotice pegada, sem sentido algum, completamente retrógradas e ridículas. Vou ainda mais longe: são elas uma das maiores causas para a falta de espinha dorsal do povo português. Como é possível pessoas adultas, no auge das suas capacidades intelectuais, sujeitarem-se a tamanhas figuras tristes, ao ridículo, a humilhações físicas e psicológicas, apenas pela vã promessa de pertencerem um dia a uma casta superior na hierarquia social? São tradição, são divertidas e tal... Não me venham com merdas, pois há formas mais civilizadas de receber um caloiro na universidade! Mas pior, mesmo, não é haver quem as pratique, mas quem a elas se sujeita.
E assim temos o povo português, guiado por tais elites, sujeito pela vida adiante a paulada atrás de paulada, sacrifício atrás de sacrifício, pela vã promessa de um dia pertencer a um grupo superior.