domingo, 28 de julho de 2013

Exportar para Angola: alterações ao processo de importação

Como tenho vindo a referir noutras postas nisto de exportar para Angola há que estar actualizado e conhecer muito bem o processo de importação no destino, sob pena do negócio ir por água abaixo, por isso convêm estar atento neste ano de 2013, onde têm surgido grandes e profundas alterações à legislação sobre as importações.
Até agora, quiçá, as mais significativas e com maior impacto são o fim da inspecção pré-embarque obrigatória e o inicio das inspecções locais.
A inspecção pré-embarque, como já tinha explicado aqui, era obrigatória para uma série de produtos como alimentos, medicamentos, químicos, etc, e efectuada pela Bureau Veritas, Cotecna ou SGS; pois bem a partir de agora deixou de o ser, podendo no entanto ser realizada facultativamente por interesse do exportador e importador. Aqui podem ler a Circular da Alfândega com a transcrição do Decreto Presidencial sobre a matéria.
No inicio do ano constitui-se uma parceria público-privada entre a Alfândega e uma entidade privada, a Bromangol, com a finalidade de inspeccionar e efectuar análises laboratoriais aos produtos importados (principalmente para consumo humano e animal). Muito resumidamente: esta empresa cobra antecipadamente uma análise laboratorial aos produtos importados, tão logo o despacho de importação dê entrada na Alfândega, sendo que esta só libera o processo após pagamento da respectiva factura da análise. Após o desalfandegamento da mercadoria é dado um prazo estimado para a entrega da mesma, sendo que esta entidade irá contactar o importador com vista à recolha das amostras para análise. A Circular com os procedimentos detalhados pode ser lida aqui, mas, como o que realmente importanta para quem exporta e importa é o preço, aqui podem ler a tabela de preços da Bromangol publicada em Diário da República.
Muito se tem falado e sobretudo especulado acerca da nova Pauta Aduaneira de Angola, mas o certo é que ainda não há algo de concreto, pelo que nada se sabe sobre as actualizações das tarifas de importação; quando tal acontecer darei conhecimento a quem interesse.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O (In)seguro

 
Imagem via ionline
 
"O que fez Cavaco? Arranjou uma catraca para dar a mão ao oco. Deu-lhe a oportunidade de passar a ser importante nas negociações com a troica, de fiscalizar, via acordo, o comportamento do governo e de juntar argumentos para o vir a substituir. Ainda por cima, dizendo-lhe que se preparasse porque ia ter a sua oportunidade dentro de um ano e não de dois. Querem mais? É difícil.
O que aconteceu? O oco ou não percebeu patavina ou teve medo. Perante a ululante corte socrélfia, perante os dislates dos cadáveres adiados – Soares, Sampaio, Alegre, por exemplo - perante os sinistros ataquinhos do Costa, perante a habitual protecção dos media e de todo este género de gente, o oco apanhou um cagaço de tal ordem que borregou. Acobardou-se.
É evidente que, se tivesse aproveitado a oportunidade de ouro que o PR lhe oferecera, teria chegado a um acordo qualquer, mas a alcateia não perdoava. Houve até um tipo que disse que o PS se partiria em dois! Se calhar, o oco acreditou na ameaça. Não percebeu que, da alcateia, poucos haveria que abandonassem o barco, única via de ter esperança de voltar a ser gente. Não percebeu que a moderação que mostrasse lhe iria grangear uma multidão de votos na área do PSD. Não percebeu nada."
 
Ide ler o texto completo de António Borges de Carvalho no Irritado.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Brincalhões...

Afinal contrariamente ao que escrevi no passado 3 de Julho não somos ingovernáveis.
Somos apenas brincalhões. Gostamos de brincar com coisas sérias, pronto.

Podia ser pior. Podia ser mesmo a sério.
Ser Português deve ter algo a ver com isto.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

sábado, 6 de julho de 2013

A antecipada parvoíce de uma crise vista ao longe

Estamos a dar um triste espectáculo, sem rodeios e preto no branco é aquilo que vê quem está de fora.
Vítor Gaspar que era tão bom, tão competente, tão recto, a pessoa ideal para o leme em mar tempestuoso, afinal não aguentou a contestação do zé povinho. Simplesmente porque, como eu sempre defendi, era alguém que estava completamente desligado do país real, vivia de e para números, ou seja nas nuvens. A seguir o que faz o parceiro de coligação? Uma birra, pois bem. Excelso sentido de Estado, responsabilidade e comprometimento com a nação. Sem dúvida tudo aquilo que o CDS sempre defendeu... Ah não gostou da escolha? Azar. Discuta, proponha outra, faça o que entender (não tem uma reforma do Estado para apresentar?), agora bater com a porta com todas as mais que conhecidas consequências é andar a brincar e gozar com quem lhe paga o salário. Como se diz na minha terra mostrou o cuzinho todo, que é como quem diz a face: o poder pelo poder. Vai daí os tão famigerados mercados, tão odiosos e malvados, lá mostraram a verdadeira face desta palhaçada toda: que não governamos, nem nos deixamos governar, mas, mais importante ainda, que continuamos falidos, algo que parece escapar a uma grande falange dos nativos da Lusitânia.
Entretanto o circo continua, com a esquerda radical a masturbar-se com a crise despoletada e os socialistas a salivarem com o vislumbre da cadeira do poder. Há ainda por aí umas criaturas iluminados que pedem eleições antecipadas. Em Portugal gosta-se muito de pedir eleições antecipadas. Aliás gostamos muito de antecipar seja o que for, basta ver a quantidade de criaturas-fazedoras-de-opinião que pululam pelos nossos media, como puro lixo tóxico, antecipando tudo e mais alguma coisa excepto a nossa tremenda incompetência para governar, enfim... O governo mexe no meu queijo? Eleições antecipadas! Há uma crise política? Eleições antecipadas! Eu muito me engano ou está mesmo tudo doido ou o calor está a dar cabo da tola a muita gente. A ver se nos entendemos: houve eleições há dois anos atrás, foram escolhidos os partidos para nos governar durante quatro anos. Falar em eleições novamente é uma total idiotice e uma tremenda infantilidade. É que não há outro adjectivo. Bonito seria sempre que um governo toma uma medida impopular (ui tantas que ainda há para tomar!) ou a qualquer crise política houvessem eleições. Mas esse tipo de gente não tem nada na cabeça?! Ou foram demasiado mimados na infância e os papás faziam-lhes as vontadinhas todas não antecipando a idade adulta?!
Menos mal que no meio disto tudo há um PM com algum bom senso. Não está isento de falhas e erros, que os tem como qualquer ser humano (é impossível agradar a gregos e troianos), mas tem aquilo a que se exige a um líder em momentos difíceis: calmo, sóbrio e tranquilo. Algo que escasseia há muito pelas nossas elites. Portanto vamos mas é manter a calma, olhar em frente e continuar a trabalhar, pois por muito que nos custe ainda não há pão para malucos.

Publicado também aqui.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Já andam a comprar tinteiros?

Eu só gostaria de relembrar à esquerda, que delira com a crise política e saliva só de vislumbrar a cadeira do poder, que também não será ela a tirar-nos do buraco onde estamos, simplesmente porque continua a não haver dinheiro.

Ou julgam que o BCE vos empresta uma impressora?!

Se é assim é tirem o cavalinho da chuva e invistam antes em airbags porque o embate com a realidade vai ser brutal.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

I-N-G-O-V-E-R-N-Á-V-E-L

Agora, venha o diabo e escolha: 2º resgate, bancarrota ou sairmos do Euro.

Depois, é agradecer ao inqualificável Paulo Portas e aguardar por um futuro (in)Seguro.

Agarrem-se porque o estrondo vai ser titânico...