domingo, 27 de janeiro de 2013
sábado, 19 de janeiro de 2013
Confissões de um emigrante
A discussão voltou a acender-se com a notícia de que a emigração teria aumentado 85% em 2011 e que em 2012 a Secretaria de Estado das Comunidades estima a saída de cerca 100 mil pessoas, na sua grande maioria jovens até aos 30 anos de idade.
O tema é complexo e de difícil abordagem, mas um país que se insurge contra o seu governo porque os cidadãos estão a emigrar em massa deve ser um país que julga que é obrigação do Estado dar emprego a tudo e todos. Os tempos da procura do progresso pelo investimento público para "estimular" o emprego (como a nossa esquerda tanto apregoa) acabaram e esperemos que não voltem mais.
Diz-se que não é uma decisão livre e espontânea mas uma inevitabilidade pela situação país. Até será assim em muitos casos, mas a verdade é que poderíamos trabalhar pelo salário mínimo ou numa profissão para a qual não estudámos, mas se não nos sujeitamos a isso e o mercado não oferece oportunidades há que as procurar lá fora. A emigração até serve como fuga ao saque fiscal em curso no país, portanto bem vistas as coisas existem bastantes vantagens, ganha o emigrante e ganha o país com as remessas do mesmo e a inexistência de encargos sociais com o desemprego. Se bem que saem muitos dos melhores, os mais ambiciosos, os mais empreendedores, os mais inconformistas, que tanta falta fazem a um país em crise. Claro que isto também causa uma ponta de revolta, todos gostamos muito do nosso país e custa imenso estar longe dos que nos são mais queridos, mas é o preço a pagar por melhores condições de vida e por oportunidades que de outro modo não existiriam. Por isso às vezes apetece-me apelar a todos os jovens, sem excepção, que emigrem, vão embora, virem costas a esse estado de coisas miserável, abandonem à sua sorte e deixem os oportunistas, as sangessugas, os velhos mentecaptos e senis senadores da nação a chafurdar na merda que criaram com anos a fio de desvario socialista com o dinheiro dos contribuintes, que deixem os parasitas sem hospedeiros contribuintes a quem sugar o fruto do seu trabalho. Afinal de contas Portugal nunca foi um país para jovens, não há um bom salário porque se é jovem, não se é promovido porque se é muito jovem - "ah e tal não tem experiência" - pois então os experientes e os sábios que se aguentem à bronca e resolvam a bela situação onde nos meteram a todos, como se diz na minha terra: desemmerdem-se. Mas o bom senso diz-me para não o fazer, porque penso nos que ficam, nos que não têm hipótese de sair, nos honestos e trabalhadores, nos mais velhos e nos pensionistas, que vêm uma vida de trabalho ir por água abaixo, que constantemente são chamados a pagar mais e mais contas e que a continuar neste rumo arriscam-se a pagar ainda mais.
Felizmente nada do que é permanece sempre igual e as coisas mudam, pelo que acredito no regresso. Apesar de tudo, e do muito que ainda há por fazer, sinto que aos poucos o país começa a entrar nos eixos, que o Governo não vacile e continue com as reformas, pelo que muitos de nós, certamente, regressaremos no futuro. Nem que seja para gozar o sol na reforma...
domingo, 13 de janeiro de 2013
De regresso
Felizmente o mundo não acabou e como tal lá tive que fazer as malas de regresso.
Férias curtas, como sempre, com um misto de sensações, desde a alegria da companhia dos mais queridos, passando pela satisfação de pisar a minha terra até ao desalento de ver um país no fundo.
Ainda me recomponho do que vi, pelo que um dia destes escrevo sobre isso.
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