Uma anedota resume bem a coisa:
"Um jovem diplomata português desabafa com um colega mais velho:
- Francamente, senhor Embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história.
Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que descobriram o Brasil, que viajaram por África e pela Índia, que foram até ao Japão, e a lugares bem mais longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem em meio mundo e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental?!
O embaixador sorri:
- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, nas caravelas, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.
- Não descendemos? - reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?
- Nós descendemos dos que por aqui ficaram..."
PS: dedicada com todo o carinho aos que bateram palmas a estas declarações no conforto da terra que os viu nascer.
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