"A maravilhosa civilização moura de Espanha, no fundo, mais próxima de nós do que Roma e a Grécia, que fala aos nossos sentidos e ao nosso gosto com mais força do que aquelas, essa civilização foi espezinhada (não digo por que patas) - porquê? porque devia a sua origem a instintos nobres, a instintos viris, porque afirmava a vida com as raras e refinadas magnificências da da vida moura...!
Os cruzados lutaram mais tarde contra algo que melhor teriam feito em adorar de rastos - uma civilização tal, que comparada com ela, até o nosso século XIX apareceria muito pobre e muito atrasado. - Claro que os cruzados queriam era o saque: o Oriente era rico... Sejamos directos! As cruzadas - alta pirataria, nada mais! - A nobreza alemã - no fundo nobreza de viquingue - encontrava-se com isso no seu elemento: a Igreja sempre soube como atrair a nobreza alemã... (...)
Será que um alemão terá de ser génio, terá de ser um espírito livre, para se tornar decente? (...)
É necessário abrir aqui uma ferida cem vezes mais dolorosa ainda para os Alemães. Os Alemães privaram a Europa da última grande colheita de cultura a que ela poderia aspirar: - a do Renascimento."
(Freidrich Nietzsche, O Anticristo)
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