A relação com a minha banda de eleição não tem sido fácil nos últimos anos, algo esquizofrénica e a roçar o amor-ódio.
Quando surgiram, em 1993, ignorei olímpicamente o hit-single "Creep", se bem que "Pablo Honey" era um álbum escorreito que não ofendia os ouvidos. Já "The Bends" era algo completamente diferente que levantava a ponta do véu sobre o génio da banda. A evolução era notória e mostrou todo o seu esplendor com "Ok Computer" em 1997. Foi o álbum Rock perfeito para fechar o milénio e desbravar caminhos para o futuro da música. A perfeição sonora mora ali e constitui um dos melhores álbuns de todos os tempos. Mas eis que chega "Kid A" e a frustração instalou-se. Aclamado pela crítica, no entanto, foi algo que ainda hoje me custa engolir, pois não há ali a evolução que se sentiu nos três primeiros discos, há antes um pretensão épica que corta com o passado, o salto foi enorme e aos meus ouvidos não passa de uma simples experiência sonora. Uma boa experiência, diga-se, mas não mais que isso, ao contrário que o seu pseudo irmão gémeo "Insomniac", o qual me pareceu a evolução natural de "Ok Computer", é uma colecção de canções, com algum experimentalismo à mistura, e com o qual voltei a fazer as pazes com a banda. Aguardava com ansiedade o futuro trabalho, mas foi a desilusão das desilusões com o nome de "Hail to the thief" em 2003. Ainda hoje não consigo assimilar este disco, as canções não me entram no ouvido, não há ali o rasgo de génio que nos agarra à primeira dos trabalhos anteriores, sinto que foi um disco lançado apenas porque sim... Foi de tal forma que demorei oito anos a voltar a ouvir Radiohead.
Quando surgiram, em 1993, ignorei olímpicamente o hit-single "Creep", se bem que "Pablo Honey" era um álbum escorreito que não ofendia os ouvidos. Já "The Bends" era algo completamente diferente que levantava a ponta do véu sobre o génio da banda. A evolução era notória e mostrou todo o seu esplendor com "Ok Computer" em 1997. Foi o álbum Rock perfeito para fechar o milénio e desbravar caminhos para o futuro da música. A perfeição sonora mora ali e constitui um dos melhores álbuns de todos os tempos. Mas eis que chega "Kid A" e a frustração instalou-se. Aclamado pela crítica, no entanto, foi algo que ainda hoje me custa engolir, pois não há ali a evolução que se sentiu nos três primeiros discos, há antes um pretensão épica que corta com o passado, o salto foi enorme e aos meus ouvidos não passa de uma simples experiência sonora. Uma boa experiência, diga-se, mas não mais que isso, ao contrário que o seu pseudo irmão gémeo "Insomniac", o qual me pareceu a evolução natural de "Ok Computer", é uma colecção de canções, com algum experimentalismo à mistura, e com o qual voltei a fazer as pazes com a banda. Aguardava com ansiedade o futuro trabalho, mas foi a desilusão das desilusões com o nome de "Hail to the thief" em 2003. Ainda hoje não consigo assimilar este disco, as canções não me entram no ouvido, não há ali o rasgo de génio que nos agarra à primeira dos trabalhos anteriores, sinto que foi um disco lançado apenas porque sim... Foi de tal forma que demorei oito anos a voltar a ouvir Radiohead.
Em 2007 lançaram "In Rainbows", o qual comprei à data, mas por algum motivo fui adiando a sua audição, ao ponto de no final do ano passado juntar à colecção o mais recente "The King of Limbs" sem ter ouvido o anterior. Discos no PC, transferência para o ipod e coragem para ouvir os dois de uma assentada numa qualquer monótona tarde de Luanda. E como valeu a pena! "In Rainbows" é um glorioso regresso às grandes canções, orgânicas, mas sem descurar as pinceladas experimentalistas a que já nos habituaram, tais como "All I Need" ou "House of Cards" que estão entre o melhor que o grupo já produziu.
O mais recente "The King of Limbs" é um trabalho estranho, experimentalista, mas uma evolução natural para com o seu antecessor, que não choca tanto como "Kid A" em relação ao genial "Ok Computer", e constitui também ele um dos melhores trabalhos da banda.
O mais recente "The King of Limbs" é um trabalho estranho, experimentalista, mas uma evolução natural para com o seu antecessor, que não choca tanto como "Kid A" em relação ao genial "Ok Computer", e constitui também ele um dos melhores trabalhos da banda.
Não sei se alguma vez voltaremos a ter o génio de "Ok Computer" ou a sensibilidade rock de "The Bends", mas finalmente fiz as pazes com o meu grupo preferido e posso esperar com tranquilidade pelo próximo trabalho. Os Radiohead são sem dúvida alguma a banda rock do século XXI.
2 comentários:
As bandas não se suportam uma à outra, mas adoro Oasis e Radiohead :)
Noel Gallagher e Thom Yorke são 2 dos grandes génios da música dos anos 90, apesar de não se gramarem um ao outro.
Nunca gostei de Oasis, sempre preferi o ódio de estimação dos irmão Gallaher: Blur.
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