Muito sem tem dito e escrito sobre o recente programa da RTP em directo de Luanda sobre as relações entre os dois países.
Produto de propaganda, mero marketing, acção de charme, entre outros, foram os adjectivos, sempre em tom pejorativo, atirados sobre tal programa. E qual é o problema de assim for? No que toca ao deus dinheiro as coisas são o que são e devem ser tratadas como mandam os cânones da mais simples prática económica. Num momento de grave crise económica devemos incrementar a acção nos mercados que nos são mais favoráveis e neste aspecto Angola tem, como todos sabem, um papel de destaque nas nossas exportações fora do espaço Europeu. Portanto a coisa é fácil de explicar: temos de um lado um país a desejar manter um dos principais destinos das suas exportações e do outro um a desejar manter um dos seus principais investidores estrangeiros.
Sejamos sérios, a relação interessa em partes iguais aos dois, pois de forma alguma será positivo que o investimento português em Angola diminua há três anos consecutivos, quando atingiu em 2008 cerca de mil milhões de dólares, sendo nesse ano o terceiro maior investidor estrangeiro; da mesma forma estes desejam continuar a investir lá fora, nomeadamente Portugal, principal destino dos seus capitais, podendo este servir como plataforma para outros países. E não sejamos hipócritas ou alguém acredita que países como Alemanha ou França recebam de braços abertos o investimento angolano como nós?
Sem comentários:
Enviar um comentário