Na empresa onde trabalho andamos há três meses a tentar recrutar dois gestores de conta.
Das dezenas de currículos analisados foram entrevistados uma mão deles, desses seleccionámos dois. Os sujeitos em causa pediram então que aguardássemos o seu inicio de actividade, pois teriam que avisar com trinta dias de antecedência as actuais entidades patronais. Até aqui tudo normal. Na data prevista o primeiro candidato a iniciar funções trabalha apenas de manhã, informando, na hora de almoço, que à tarde tem uma consulta médica e não pode ir trabalhar mais, ao que o Director-Geral, logicamente, alerta que não é um inicio com o pé direito faltar uma tarde logo no primeiro dia. À noite envia um email a dizer que não se sentiu bem vindo e portanto já não vai trabalhar mais. O outro aparece na data prevista para informar que o actual patrão afinal não o deixa terminar funções, a não ser dando mais sessenta dias (!?) à actual empresa. E isto tudo apesar de os salários, regalias e condições oferecidas por nós serem claramente superiores às que, supostamente, auferiam.
Como não estou para tirar conclusões precipitadas, ou que me acusem de algum preconceito, digo apenas que é difícil recrutar trabalhadores num país onde a taxa de desemprego ronda os 30% (segundo estimativas, pois não há dados oficiais) . No mínimo surreal.
2 comentários:
Em Elvas também é muito difícil recrutar gente para trabalhar. Numa aldeia próxima, onde fica a empresa em causa,apresentou-se apenas um, que se negou a fazer descontos para a Segurança Social (trabalho indiferenciado), €40,00 líquidos de segurança social por dia, durante 16 dias.
Ficou o Guarda Republicano reformado do costume a dar férias...
Também com as condições oferecidas outra coisa não é de esperar. Só mesmo para reformados...
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