Estes são, nem mais nem menos, os três magníficos da restauração no Alentejo.
Se em férias anteriores visitei O Fialho, em Évora, aquele que é conhecido, ainda, como o verdadeiro templo da gastronomia alentejana, nestas férias tive o prazer de confirmar que já não é assim. É um excelente restaurante, sem dúvida alguma, que preza o melhor da tradição alentejana, mas talvez tenha adormecido à custa da fama granjeada ao longo dos anos, ou por ser o mais mediático, não sei... Mas uma coisa é certa: há mais e melhor por onde escolher, o que para os apreciadores da boa mesa só pode ser bom.
A Bolota, na aldeia da Terrugem, concelho de Elvas, é, na minha opinião, o verdadeiro ex-libris do Alentejo, o melhor dos melhores, ao ponto de ser pecado visitar a região e não o conhecer. Aqui há tudo: a tradição, a inovação, o conforto, a elegância, a simpatia, o serviço, a comida, os doces, os vinhos, etc. Tudo, mas mesmo tudo, do melhor. É verdade que a qualidade tem um preço e a Bolota não é excepção, mas vale bem a pena e certamente ninguém sairá desiludido. Sempre que posso é um local ao qual regresso (ou não fosse na minha terra natal).
A pouca distância, em Estremoz, encontramos aquela que foi uma muito agradável confirmação: o Restaurante São Rosas. Situado junto à Pousada de Estremoz, deve o nome ao célebre milagre das rosas, local pequeno e discreto, mas extremamente elegante ao verdadeiro estilo alentejano, muito confortável e com um serviço irrepreensível de uma simpatia rara neste tipo de restaurantes de "gourmet". Aqui encontramos os melhores ingredientes da região e pratos típicos feitos da melhor forma tradicional que eu julgava perdida. A isso junte-se uma carta de vinhos fabulosa, com uma vasta oferta do melhor da terra, bem como alguns de outras regiões e países, para ninguém sair desiludido. O preço não é o da Bolota, mas também não é barato...
Para o fim deixei aquele que foi a melhor surpresa destas férias e ao qual regressarei com toda a certeza logo que possa: o Tomba Lobos, em Portalegre.
Uma palavra para o definir? Surpreendente. Aqui cabe a melhor tradição alentejana com a constante inovação e criatividade. Um espaço elegante e moderno serve de cenário à criatividade do Chefe Júlio Vintém, cuja ementa varia constantemente. É simplesmente incrível como a cozinha alentejana, tão dada a conservadorismos, atinge aqui um nível de qualidade e inovação tamanhos. Não se assuste com os nomes dos pratos (Bicos de touro bravo?!), arrisque, deleite-se e não perca a criteriosa oferta de vinhos alentejanos, onde só cabem os melhores. Para não fugir à regra o preço segue em linha com a fantástica experiência que é este local obrigatório.
Há muito e bom por onde escolher na excelente oferta gastronómica alentejana, mas como estes três é impossível, constituindo os melhores dos melhores. Mereciam um só post cada um, mas como não há palavras suficientes para os descrever, nada como aproveitar as férias e rumar até eles, pois conhecendo-os pode dizer que conhece o melhor do Alentejo e arredores.
2 comentários:
Acredito que devem ser três "templos" da gastronomia nacional. Mas fico-me apenas pelo acreditar...
Acredite, são mesmo.
Na sua terra ainda tenho que visitar a Cadeia Quinhentista, já me disseram que está ao mesmo nível destes. Fica para outra ocasião.
Enviar um comentário