Começa a ser notória uma qualquer patologia colectiva de teor sado-masoquista no nosso povo, pois é só assim se explica que depois de seis anos a levar porrada haja quem queira mais do mesmo.
A uns milhares de kilometros de distância do país é possível descortinar melhor e ver as coisas de outro prisma, pois a vista e a opinião não ficam tão turvas como quando estamos mergulhados no pântano. As visitas ocasionais nas férias têm permitido constatar in loco a degradação constante das condições de vida no país, o que ficou ainda mais claro após uma tentativa falhada de regresso há um ano atrás, que se ficou por uns meses sufocantes, atolado na inépcia de um país em retrocesso, que me empurrou novamente para o estrangeiro.
A conversa do “isto cada vez está pior” é uma constante dita com voz cada vez mais rouca, no entanto o desespero das pessoas é tal que confiam cegamente em quem lhes promete o paraíso por um prato de lentilhas, mesmo que as promessas venham de quem já os atirou para o abismo a troco de os deixar com os bolsos vazios. Isso ou somos um povo de coitadinhos (depois destes seis anos não há milagres) e temos muita pena do calimero.
Ora depois disto tudo, definitivamente, Portugal não precisa de bons políticos mas de psiquiatras que curem a sua psicose colectiva.
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