domingo, 16 de fevereiro de 2014

Vira o disco e toca o mesmo...

Julgava eu que depois de três falências, passadas durante quarenta anos com uma pseudo-liberdade sujeita às vontades dos nossos governantes, tivéssemos aprendido algumas lições e Portugal viesse a ser aquilo que os Portugueses dele fizessem com as suas escolhas individuais. Julgava eu que tivesse chegado a hora de cada um contribuir com o seu grãozinho de areia para um país melhor.
Mas não. Abro o Diário Económico e dou de caras com um artigo de opinião, de um Sr. Francisco Jaime Quesado, apregoando a boa nova de um "Portugal Industrial"

"Falta em Portugal um sentido de entendimento colectivo de que a aposta nos factores dinâmicos de competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas claramente assumidas é o único caminho possível para o futuro."

O que é isto significa? Nada. Zero. Apenas que o país continua pejado de burócratas que nos querem impor a sua ideia para o país. Julgava eu que fartos de entendimentos colectivos andávamos nós. Para quando entendimentos individuais? Quando é que o entendimento individual dos portugueses se irá sobrepor ao entendimento colectivo de um burócrata qualquer? Há séculos que andamos nisto! Já foi a agricultura, depois os serviços, agora é a vez da Industria.
Quando é que deixaremos de ter iluminados com planos para o país e deixamos que este seja aquilo que nós dele fizermos em plena liberdade de escolha? Portugal jamais progredirá enquanto não for aquilo que cada Português dele faça, com aquilo que cada um de nós dele e para ele deseja.
Uma vez toda a gente erra, duas tem desculpa, mas há terceira é já incompetência ou burrice. Deus nos salve de uma quarta...

4 comentários:

Kruzes Kanhoto disse...

Entre a segunda e terceira falência passaram trinta anos mas entre esta e a quarta nem dez vão passar.

Daniel Santos disse...

"Falta em Portugal um sentido de entendimento colectivo de que a aposta nos factores dinâmicos de competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas claramente assumidas é o único caminho possível para o futuro."

Porra! Isso doí muito?

André Miguel disse...

Kruzes,
Tenho esperança que não, pois sinto que a sociedade civil, bem ou mal, aprendeu a lição. O meu receio vem mesmo da classe política... a ver vamos.

André Miguel disse...

Daniel,
Não deve doer nada, já que ele anda a repetir a mesma cassete há quatro anos.